Se a abertura dos
seis selos anteriores foram importantes, imagine a abertura deste sétimo, pois
dele vêm as sete trombetas, e, em seguida, as sete taças da ira de Deus. Assim,
este sétimo selo abre um leque de acontecimentos ainda muito mais importantes
que os anteriores.
A abertura deste
selo nos leva a meditar na infinita paciência de Deus, quando procura prolongar
os Seus juízos, a fim de dar aos homens mais tempo para pensar e, assim,
voltarem‑se para Ele.
Voltando aos
registros do apóstolo João, vemos que: “Quando
o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.”
(Apocalipse 8.1). A abertura do sétimo selo trouxe, portanto, como primeira e
principal consequência, este silêncio no Céu.
É interessante
notarmos que não foi por meia hora exatamente, mas cerca de meia hora, pois no
Céu, onde está o Trono de Deus, não existe o fator tempo cronológico, uma vez
que não existe o Sol para determinar minutos, dias, meses e anos.
A abertura do
sétimo selo tem consequências terríveis, mas, antes disso, há aproximadamente
meia hora de silêncio, como se fosse uma espécie de espera da parte de Deus,
para que as pessoas na Terra pudessem reconsiderar os seus caminhos e se voltar
para Ele.
“Então, vi os sete anjos que se acham em pé
diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de
pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para
oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha
diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso,
com as “orações dos santos.” (Apocalipse
8.2-4)
A Bíblia se refere
a muitas trombetas. Umas serviam para convocar o povo à guerra, outras eram usadas
em festas; havia as que serviam para reunir o povo, as que anunciavam um novo
rei e as utilizadas durante a construção do Templo.
Todas elas eram
tão-somente indicações proféticas das trombetas celestiais, cuja plenitude
divina vemos aqui: sete trombetas que procedem do sétimo selo. Este é o Dia do
Senhor, que abrange um período de juízos de sete anos. O profeta Sofonias o
chamou de “dia de trombeta”: “Está perto
o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor
é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação,
dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia
de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes
e contra as torres altas.” (Sofonias 1.14‑16)
Parece haver um
paralelo entre as trombetas que Gideão deu aos seus trezentos homens e estas
que os sete anjos receberam. Naquela oportunidade, Gideão usou apenas as
trombetas, os cântaros vazios e as tochas de fogo.
Isso foi suficiente
para que, da parte de Deus, os midianitas entrassem em desespero e se matassem
uns aos outros. No caso do sétimo selo, os sete anjos tocam as suas trombetas
para a guerra contra Satanás, e é o próprio Senhor Jesus quem acaba com ele.
“Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar,
com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as
orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e
da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos
santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à
terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que
tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.” (Apocalipse 8.3-6)
Tudo indica que
esse “outro anjo” seja o Senhor Jesus Cristo, pois há fortes argumentos que
comprovam isto, especialmente quando se faz um paralelo com o sumo sacerdote de
Israel.
Vejamos: Ele
realiza uma tarefa extraordinariamente elevada, que somente o sumo sacerdote do
Antigo Testamento tinha o direito e o dever de realizar. Este anjo também se
apresenta em dignidade sumo sacerdotal.
Sim, pois fica de
pé junto ao altar, e em Israel o altar do incenso se encontrava diretamente
diante da face de Deus. E, no caso do Apocalipse, ele está no Céu. E o que faz
esse “outro anjo”? “Ficou de pé junto ao
altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo
com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do
trono.” (Apocalipse 8.3).
Esta solenidade
representa o dia da resposta à oração que o Senhor mesmo nos ensinou, quando
disse: “Venha o teu reino; faça-se a tua
vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.10).
Por isso também
nenhuma oração que tenha como motivo o Reino e a vontade de Deus ficará
perdida, ou cairá no esquecimento. Por outro lado, aqui está a explicação de
muitas orações não serem respondidas, mesmo quando feitas em nome do Senhor
Jesus.
As orações que não
estão dentro do contexto da vinda do Reino de Deus e segundo a Sua santa
vontade, ou seja, orações que expressam apenas objetivos mesquinhos, pessoais e
egoístas, não são atendidas.
Assim, toda a
solenidade grandiosa que ocorre na abertura do sétimo selo significa o
estabelecimento do domínio de Deus na Terra. Se, portanto, realiza‑se
justamente neste momento o sacrifício das orações de todos os santos, enquanto
os sete anjos estão preparados para tocar as trombetas dos juízos, então é
porque chegou o momento de se lembrar das orações que ainda precisam ser
atendidas.
Quanto mais o Reino
de Deus se desenvolve, mais o império das trevas é destruído e mais rapidamente
Satanás e seus demônios são enfraquecidos na destruição da humanidade. Nesse
aspecto todos os obreiros, pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de
Deus podem testemunhar.
Desde que começamos
a orar para que Deus viesse a implantar o Seu Reino no coração de todos os
enganados, além de amarrar os principados, as potestades, os dominadores e as
forças espirituais do mal, os anjos de Deus começaram também a trabalhar conosco.
Assim, a IURD
começou a se desenvolver mais rapidamente, e em todo o mundo. Isso significa
que todos os que concordam com Deus, através da oração, passam a ser Seus
cooperadores.
Analisemos agora
mais esta passagem: “E o anjo tomou o
incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões,
vozes, relâmpagos e terremoto.” (Apocalipse 8.5).
O fogo do altar é o
fogo do sacrifício que consome; significa, portanto, juízo, e é justamente ele
que é lançado sobre a Terra. Os juízos da abertura do sétimo selo geram
consequências tão terríveis e inimagináveis, que chegam a ser divididos em
trombetas.
É como se os juízos
deste selo viessem gradativamente preparando o resto da humanidade para o dia
final.
O Senhor Jesus
disse com relação a esses dias: “Eu vim
para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder.”
(Lucas 12.49)
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