Segundo passo: diminuir a quantidade de gordura subcutânea e definir os músculos. Como combinar dieta e cárdio para a maior eficácia? Técnicas para turbinar o emagrecimento.
Mais uma vez lembramos que é impossível queimar gordura e aumentar os músculos com um único treino. A recomendação tradicional de alternar treino de força com muitas repetições e com vinte minutos de cárdio no final não podia estar mais errada.
Por mais bonito, e até mesmo lógico, que nos pareça a ideia de que o corpo queima a gordura subcutânea e imediatamente direciona a energia recebida para construir tecido muscular, isso é, na realidade, um processo impossível de se efetuar pela própria natureza das funções fisiológicas.
Influência dos hormônios na queima de gordura
A insulina, que é liberada na presença de glicose na corrente sanguínea e que é essencial para a produção de músculo, é praticamente um bloqueador da saída de gordura das células adiposas, o que faz com que seja praticamente impossível queimar essa gordura como fonte de energia.
Sabendo que os carboidratos e as proteínas aumentam o nível de insulina, a queima de gordura é inibida na sua ingestão. Também é obvio que ao comer gordura o corpo não precisará recorrer nem queimar a sua própria gordura. Resulta que só se perde gordura com periódicas inibições à ingestão de alimento.
Por que correr não vai funcionar?
A gordura visceral, existente em muitas pessoas obesas, reage mal à insulina, mas bem ao hormônio queimador de gordura, a adrenalina, que é secretada nos exercícios cardiovasculares. É exatamente por isso que as pessoas obesas emagrecem com corrida mesmo sem seguir nenhuma dieta.
Se você tem pouca gordura visceral, o papel da corrida é outro – o que você aqui precisa é de déficit calórico e de “livrar” periodicamente o sangue de insulina e energia extra como a glicose. É aqui que os exercícios cárdio vão ajudar (a corrida, em particular).
O que é melhor: corrida ou dieta?
É importante saber que durante a prática de exercícios cardiovasculares se emagrece mais rapidamente não por causa das calorias perdidas, mas por conta dos fatores hormonais ativados na corrida ou na caminhada rápida. É de fato mais fácil cortar 400 kcal do seu prato do que correr 5 quilômetros.
Você pode combinar uma dieta leve com aeróbicos queimadores de gordura, ou não executar cárdio mas seguir uma dieta mais puxada que limite os carboidratos a 40-60 g por dia. O cárdio vai ajudar, sem dúvida, mas nessa altura do campeonato a dieta continua sendo mais importante.
Por que se perde músculo e não gordura?
Já que o papel da insulina é proteger os músculos (e a gordura), o seu nível baixo faz perder não só gordura como também músculos. Se acredita que a perda de três quilos de gordura implica a perda de um quilo de músculo e isso não tem como mudar.
Para perder o mínimo possível de músculo é importante seguir uma norma maior de ingestão de proteína e em nenhuma situação descer o consumo das calorias mais de 10-20%. O objetivo (e a técnica) do treino de força tem de ser outra: manter o peso.
Técnicas para turbinar o emagrecimento
Quanto mais magro você ficar, mais o corpo vai se opor à queima da gordura restante. As técnicas habituais de emagrecimento (dietas ou monodietas, corte brusco nas calorias, cárdio em excesso) queimarão mais músculos do que gordura.
Se quer deixar a barriga chapada deve contar as calorias e seguir dietas cíclicas. Só isso permite queimar a gordura mais teimosa, o pneuzinho da barriga, já que os exercícios aqui não funcionam. Mas disto falaremos na próxima semana.
A técnica mais eficaz para queimar a gordura subcutânea é treinar cárdio de barriga vazia algumas vezes por semana, diminuir a ingestão de calorias em 10-20%, limitar os carboidratos a 50-60 g por dia e aumentar a ingestão de proteína para proteger os músculos.
Fonte: fitseven.com.br
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