Segundo uma lenda, existia um Lobo que desejava ser igual à Ovelha. Mas ele era simplesmente um Lobo.
Pensava: “A minha vida de lobo é horrível. Quando tenho fome, tenho que matar outro lobo ou animal semelhante para saciar a minha fome. Enfrentamo-nos para saber quem é o líder do grupo. Quem me dera fosse uma ovelha, dizia o Lobo. As ovelhas vivem em grupo, se aquecem, andam juntas são humildes e compassivos”.
Um dia o Lobo fez das usas e conseguiu uma pele de Ovelha, vestiu aquela pele de uma forma tão perfeita que ninguém reparava que ele era um lobo.
Foi o dia mais feliz da sua vida. Viveu feliz como se fosse verdadeiramente uma ovelha.
Quando era chegada à hora das ovelhas se alimentarem. Imagine caro leitor, o lobo a comer capim? O capim descia em sua garganta feito uma lâmina cortante. Foi o momento mais horrível da sua vida.
As ovelhas têm três estômagos. Durante a noite elas remoem, ou seja, a comida vai de um estômago para outro, indo e voltando pela boca. Aquele barulho do ruminar não o deixou dormir, tal situação lhe incomodava.
O Lobo que queria ser Ovelha suportou aquela vida cerca de uma semana.
Um dia o Lobo não aguentou mais e fugiu do meio das Ovelhas. Depois de muito correr dali, tirou a roupa de Ovelha e gritou como um Lobo uivou como um Lobo. Caçou um animal, e o rasgou ao meio o comeu com o sangue a escorrer da boca. Essa era a natureza do lobo.
Ainda assim não saciara a sua pior sede, a sede moral. Aquela que não se cura com um remédio, aquela em que temos vontade de colocar nossa cabeça em um buraco para fugir de tudo e de todos. Aquela em que temos vergonha de nós mesmos.
Não aguentando a vida de Lobo, vestiu novamente a roupa de Ovelha e de cabeça baixo voltou vagarosamente para o meio das Ovelhas.
Naquela noite o Lobo adormeceu no meio de seu choro. Chorava e falou com Deus: “oh Deus, eu quero tanto ser diferente, mas eu não consigo. Quero ser uma Ovelha, mas a minha natureza é de Lobo. Eu não consigo meu Deus, por favor, me ajude”, e então adormeceu. Foi o dia mais triste de sua vida.
Na manha seguinte o Lobo acordou e foi com as Ovelhas comer capim. Naquela manhã o capim parecia estar diferente, estava com um gosto bom e não cortou sua garganta.
Na hora de dormir, o ruminar das Ovelhas não o incomodou e o Lobo dormiu a melhor noite de sua vida.
Não entendeu o que se passara, chorou muito, e olhou para o céu e perguntou a Deus o que tinha acontecido. E Deus lhe respondeu: “eu ouvi a sua oração e vi as tuas lágrimas, a tua vontade de ser uma ovelha, mas a tua natureza era de Lobo, mesmo se vestindo como uma ovelha, você jamais conseguiria viver como ovelha, então Eu fiz o maior dos milagres, mudei a sua natureza de Lobo para Ovelha”.
Quantas pessoas estão nas igrejas na condição daquele lobo? Tentam viver como Ovelhas, mas a sua natureza os traí. Conseguem viver de forma diferente de sua natureza por algum tempo, mas chega o momento em que a natureza de Lobo fala mais alto.
Então se despem da pele de Ovelha e gritam como Lobo, agem como Lobo, correm como Lobo, e no final, sentem a culpa por tentarem ser de um jeito quando sua natureza as leva a ser diferentes. As lutas constates entre a sua consciência e o seu ser.
Esse é o grande desafio que o ser humano tem que enfrentar e vencer. Pedir a Deus que lhe mude começando por dentro para fora. Que mude a sua natureza de Lobo a Ovelha.
Esse é o grande milagre que aquele que deseja nascer de novo deve pedir a Deus. Lembrando que para isso a pessoa deve reconhecer que é lobo e precisa mudar.
Com esse conto só queria ilustrar que é possível a transformação.
O lobo é solitário – só pensa nele
O lobo para comer tem que matar – persegue outros e procura crescer prejudicado seu próximo
O lobo não tem pastor – É rebelde e não aceita repreensão nem conselhos o seu orgulho lhe consome. Enfim o lobo é totalmente oposto da ovelha.
“O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que CONFESSA E DEIXA alcança misericórdia” ( Provérbios 28:13)
A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (João 3:3)
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