Arqueólogos encontram novo calendário
maia e mais uma vez derrubam o mito de que o final dos tempos acontecerá em
dezembro deste ano
Quem se baseia
no famoso calendário maia para crer que o mundo acabará em dezembro vai ficar
meio decepcionado. Foi anunciada na quinta-feira (10) a descoberta de outro
calendário maia, o mais antigo já encontrado, pintado nas paredes de um imóvel
encontrado em Xultún, na Guatemala. A contagem de tempo presente nele, que
compreende 7 mil anos vai bem além de 2012.
Em entrevista
coletiva, os arqueólogos que chefiaram a equipe de pesquisadores, William
Saturno, da Universidade de Boston, e David Stuart, da Universidade do Texas
(campus de Austin), derrubam a teoria do juízo final no último mês do ano
corrente. O calendário maia anterior, no qual os fatalistas se baseavam para os
boatos, cobre apenas 13 ciclos, enquanto o sistema normal compreende 17.
Segundo Stuart,
os ciclos apontados no novo calendário mostram alguns milhões de anos à frente
de hoje. Professor de Arte e Escrita mesoamericana, foi ele quem decifrou os
hieróglifos no interior do que parece ser uma espécie de templo e centro de
estudos maia, já que, ao que tudo indica, muitas anotações eram feitas nas
paredes, como cálculos.
Os arqueólogos
lamentam que o imóvel tenha sido danificado por saqueadores, e parte das
pinturas tenha sido perdida.
“Podem ser
registros genuínos de um escrivão responsável por documentar o que acontecia
com aquela comunidade maia”, diz o professor de arqueologia e maianista
(especialista nos maias) Saturno, que reforça a suspeita de as paredes do
cômodo em que o calendário foi achado serem usadas como uma lousa de cálculos.
A riqueza na
decoração local e nas próprias pinturas faz crer que o lugar era destinado a
astrônomos que respondiam diretamente às autoridades locais. As pesquisas
prosseguem no sítio arqueológico de Xultún, cidade maia descoberta em
escavações em 1915. Segundo Saturno, nem 1% do local ainda foi explorado, e
muitas outras revelações interessantes podem surgir.
"Mas
a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o
Filho, senão o Pai. Estai
de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo.É
como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos
seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie.Vigiai,
pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele
inesperadamente, não vos ache dormindo.O
que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!" (Marcos
13.32-37)
fonte: Arca Universal
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